No inverno, há uma diminuição da transpiração e uma menor umidade do ar, o que compromete a hidratação natural da pele.
A função da barreira cutânea é realizada pela camada córnea – a camada mais superficial da epiderme – em conjunto como a camada hidrolipídica que a cobre. Quando esta camada se altera devido à falta de água ou de lipídios, por exemplo, a pele, que é responsável pela proteção química por meio das secreções sudoríparas e sebácea e física contra agressões externas, deixa de garantir a sua função barreira, tornando-se mais permeável aos alergenos, fungos e bactérias.

O ressecamento da pele é um dos resultados do comprometimento da barreira cutânea e apresenta diversos sinais, como: aspereza, perda da elasticidade, descamação e rachaduras. Ele pode ser acompanhado de sintomas como coceira e ardência ao contato com substâncias irritantes.

Os cuidados que uma pessoa deve tomar nos meses frios são:

– Hidratar o corpo com cremes emolientes à base de ureia, alantoína, lactato amônia e vitamina E. É muito importante que essa hidratação seja diária após cada banho.

– Evitar banhos quentes que agem desidratando ainda mais a pele

– Evitar banhos muito demorados.

– Evitar buchas

– Dar preferência a sabonetes hidratantes, que ajudam a prevenir o ressecamento. Hidratantes in shower podem ser uma boa opção, pois já entram na primeira etapa da hidratação.

– Tomar bastante líquido. Para uma pessoa adulta o ideal são pelo menos 2 litros por dia.

– Ingerir frutas e legumes, devido aos nutrientes e principalmente ao teor hídrico

– Evitar exposição solar em excesso

– Evitar o uso de produtos alcoólicos que pioram o ressecamento cutâneo.

– Evitar o uso de ar condicionado, pois também prejudica a hidratação cutânea.

A pele ressecada pode causar ainda fissuras, e torna-se uma porta de entrada para agentes infecciosos, como o streptococos e o staphilococos. Esses agentes são os causadores de erisipela, celulites cutâneas, impetigo, entre outras doenças. Além disso, o próprio ressecamento gera prurido (coceira) na pele, havendo necessidade de, em casos mais graves, além da hidratação básica, acrescentarmos ao tratamento corticosteroides e/ou antibióticos tópicos. Além disso, pacientes atópicos e crianças que não são cuidadosos com a hidratação da pele tornam-se mais susceptíveis a doenças cutâneas virais, como o molusco contagioso (muito comum em crianças entre 2-7 anos) e as verrugas virais.

Embora seja cada vez mais comum o uso de preenchedores, vale um alerta: o procedimento tem contraindicações. Nenhum preenchedor deve ser usado na vigência de algum processo inflamatório localizado ou sistêmico, gravidez, lactação, e alergia a algum componente do produto.